Pedro Prazeres

Artista

Pedro Prazeres situa dança e paisagem numa relação simbiótica de conhecimento cruzado. Arquitecto paisagista e coreógrafo à vez, o seu trabalho artístico encaixa na intersecção de ambos os processos criativos e entrelaça a sua prática na relação entre o lugar, o sujeito, e o etéreo. Para ele, paisagem e dança ressoam através de uma abordagem sensorial, propriocetiva e intuitiva.
O seu trabalho artístico toma diferentes formatos e escalas. Instalações de dança e coreografias foram apresentadas em vários festivais internacionais como o DDD (Dias da Dança – Porto), FIDCU (Montevideo), Vivarium Fest (Porto), Circular Festival (Lisboa); em museus como a Fundação Serralves, a Galeria Nacional de Praga, La Panacée (Montpellier), bem como em locais não convencionais e ainda em paisagens urbanas e rurais. Salienta como obras mais pertinentes no seu percurso as danças/instalações Velvet Carpet (2019), Transhumance H+ (2010,2012), The Man Who Planted Winds (2009,2018), Tool-Trans-Body (2017), Talking Lázaro (2017), Eu-Globulus (2016), Desire-Lines (2014,2015) e Haute-Tension (2018). Uma das questões centrais no seu trabalho é como o Homem transforma o ambiente em que se insere e como esse ambiente transformado o condiciona.
Evolui como artista nos campos da coreografia contemporânea e da paisagem tanto como bailarino como coreógrafo. Já colaborou e colabora com Emma Howes, Antonjia Livingstone, Mathilda Maya Carroll, Justin Kennedy, Joclécio Azevedo, Martha Moore, Fabrice Ramalingom, Carolina Martins, Mette Ingvartsen, Christine Quoiraud, Berrak Yedek, Jorge Queijo, Martha Moore, Sofia Marques Ferreira, entre outros. Trabalha como dramaturgo e coach de dança e partilha a sua prática em workshops para bailarinos profissionais, escolas de dança, público em geral e instituições sociais.
Após uma graduação em Arquitectura Paisagista em Lisboa e Helsínquia, uma graduação em dança em Dundee e Praga (bolsa INOVART para cruzamentos artísticos), trabalhou como bailarino e arquitecto paisagista em Praga e Berlim tendo terminado em 2015 o Mestrado ex.e.r.ce no Centro Coreográfico Nacional de Montpellier Mathilde Monnier/Christian Rizzo. Actualmente, forma-se em Klein TechniqueTM, Somatique Dialogue TM, Psicopedagogia Perceptiva e Geobiologia. Seguindo o seu percurso nómada, continua a sua prática artística no reino intersticial do corpo-paisagem acompanhado livremente pelas noções de espaço entre, não-lugar e livre arbítrio.
É artista associado à ‘Sekoia – Artes Performativas’ desde 2017.