THE HEAT – Aquecimento de projeto

THE HEAT, será e é desde já um espaço de e para aquecimento e acolhimento. Independentemente da sua duração, dimensão ou ação, os projectos artísticos necessitam de um momento de unificação das suas equipas e de exploração, experimentação de metodologias de estar e ser colectivo, quer seja num momento de elaboração de um objecto artístico, uma candidatura a um apoio financeiro ou, reflexão precedente ao início (e após)  um determinado processo criativo.

A norte do país, há claramente a necessidade da existência de novos espaços que de certa forma se reconhecem como espaços para a realização de residências artísticas. Desta lacuna, respeitando outros organismos já existentes, surge a vontade de testar, pensar, e (re) construir em conjunto um local onde outros formatos, ou os já existentes formatos de residir, resistir, re-estruturar. Com a consciência e experiência prévia de outros lugares, vemos o THE HEAT, como uma potência activa e efectiva a que se  propõe e proporciona momentos de encontro refletivo e preparação de projetos com enfoque na área cultural, política e social com forte cariz artístico. Desta forma assim, poder  trabalhar conceitos, preparar materiais e desenvolver estratégias de um modo sereno, imerso e recuado do contínuo formigar da urbe.

Estes encontros terão lugar na Quinta do Paço, um espaço com cerca de dois hectares e meio nos ricos terrenos agrícolas de Vila Meã (concelho de Amarante) com um passado não só ligado à exploração agrária dos vastos campos de produção de vegetais, frutos e vinhas, mas igualmente com forte cariz relacionado com as artes e literatura.

Uma das figuras principais que conviveu e habitou neste ambiente inspirador e bucólico, foi a ilustre e reconhecida escritora Agustina Bessa-Luís que veraneava nesta propriedade, que pertencia às suas tias, e onde se inspirou e se baseia a escrita do livro “A Sibila”, entre outros. Além disso desta particularidade, algo também curioso é a figura de Zé do Telhado, o lendário Robin Hood português que terá permanecido algumas noites na quinta durante o curso de suas aventuras.

Mais do que o passado, e de todo não o esquecendo, a Quinta do Paço revê-se na actualização do seu ecossistema e envolvente, com uma forte visão em torno de propostas para um futuro de comunidade e sustentabilidade, na continuação da escrita da (sua) história.

Artistas residêntes
2020

Renan Martins de Oliveira com o projeto “Viaduto”
2019
Justin Kennedy, Emma Howes & many more com o projeto “ALIVE: a durational lucid opera”


Para informações ou submissão de candidaturas para a residência artística, por favor envie um e-mail para producao.sekoia@gmail.com com:

– descrição do projeto;

– CV da equipa;

– nº de pessoas em residência;

–  outras informações consideradas relevantes